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Número 56

Revista «Poesia sempre», para siempre / Aricy Curvello

Poesia sempre

Revista «Poesia sempre», para siempre / Aricy Curvello

A Fundação Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, lançou em janeiro  de 1993 o primeiro número da revista “Poesia Sempre”, como nos informa  esse respectivo  verbete  em “Revistas Literárias Brasileiras- Século XX”, de Paulo Cezar Alves Custódio  [Brasília: Edição do Autor, 2012, p. 110].

Como matéria principal trouxe poetas da América Latina, alguns deles pela primeira vez publicados em nosso país. Essa feição internacional caracterizou sucessivas edições, voltadas para a poesia de algum país estrangeiro. Seu nº 2, para a de Portugal. Seu nº 3, para a dos Estados Unidos. E assim por diante. Raras vezes “Poesia Sempre” dedicou-se a um tema ou um autor brasileiro. O que é de se lamentar, pois circula internacionalmente, em todo o mundo culto.

Assumindo em 2012 a tarefa de editar a revista, o professor/poeta/crítico Afonso Henriques Neto decidiu construí-la com o olhar voltado para a poesia do Brasil. E pensou de imediato em dar ênfase aos estados brasileiros, com o propósito de realizar um retrato o mais abrangente possível da história da poesia desses lugares. E resolveu principiar pelo rico manancial de Minas Gerais, logo no primeiro número sob sua direção, o de nº 36 (Ano 18, referente a 2012).

É uma bela edição, sob a coordenação editorial de Raquel Fabio, com uma iconografia mineira muito bem selecionada.

Abrindo o volume, o ensaio “Minas Gerais e sua poesia”, da professora (UFMG) e escritora Letícia Malard.

Traz o cânone da maior parte da poesia mineira, sistematicamente ordenado em três seções, incorporando os contemporâneos:

– Poetas Clássicos: desde o início e o Arcadismo do século 18 até o Parnasianismo [Santa Rita Durão, Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga, Bernardo Guimarães, Augusto de Lima, Alphonsus de Guimaraens, Severiano de Resende, Archangelus de Guimaraens];

– Modernismo: século 20, destacando Drummond, Emílio Moura, Pedro Nava, João Alphonsus, Ascânio Lopes; Rosário Fusco;

– Após-Modernismo: séculos 20 e 21, com 35 poetas, dez dos quais já falecidos [Henriqueta Lisboa, Abgar Renault, Bueno de Rivera, Alphonsus de Guimaraens Filho, etc.] e 25 contemporâneos, entre os quais Adélia Prado, Affonso Rommanno de Sant’ Anna, Carlos Ávila, Ricardo Aleixo, Ronaldo Werneck, Sebastião Nunes, Yeda Prates Bernis, Wilmar Silva e o autor destas mal traçadas.

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A revista “Poesia Sempre”, em sua edição nº 36, dedicada inteiramente à poesia de Minas Gerais, pode ser adquirida à Loja do Livro da Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro.

telefone (21) 2220-1309 – email: lojadolivro@bn.br